Filmagem: Paulo Magalhães e Sara Campos
Edição: Sara Campos
Exigir 350 já!
É este o mote do blogue http://exigir350ja.blogs.sapo.pt, que pretende inspirar os cidadãos a exigir o cumprimento do limite de 350 partes por milhão (ppm) de CO2 na atmosfera para a Conferência de Copenhaga em Dezembro.
Basta colocar o vídeo no Youtube e enviar o link para sa0r283@gmail.com.
O objectivo é chegar aos 350.000!
Em vésperas de realização do Conselho Europeu, a Oxfam instalou no passado dia 28 de Outubro, acampamentos em miniaturas de desalojados pelo clima em cinco capitais europeias. Esta acção pretendeu ser um alerta para o que estará em jogo na Conferência de Copenhaga.
Centenas de tendas em miniaturas da autoria do artista alemão Hermann Josef Hack ergueram-se em Bruxelas, Londres, Berlim, Dublin e Madrid para mostrar aos governantes da União Europeia o que pode acontecer caso não se chegue a um consenso no Encontro de Bruxelas.
Estima-se que 26 milhões de pessoas tenham sido já desalojadas como resultado directo de acontecimentos climáticos extremos, sendo que todos os anos ficam desalojadas um milhão de pessoas devido a eventos meteorológicos.
De acordo com Elise Ford, chefe do Gabinete da Oxfam Internacional na UE, “Está na altura dos Estados Membros da UE pararem de “disparar cartuchos vazios”. A UE tem claramente poder económico para assegurar um acordo em Copenhaga. É preciso que os líderes europeus façam uma declaração de vontade política séria, colocando em cima da mesa números concretos para um novo financiamento, de modo a que o mundo continuar a ter como objectivo o sucesso de Copenhaga.” (tradução de excerto do comunicado oficial da Oxfam)
Fotos:
http://www.flickr.com/photos/oxfam/sets/72157622682038696/
Outros eventos no mesmo dia:
http://euobserver.com/9/28903#at
Site da Oxfam:
http://www.oxfam.org
O relatório da Greenpeace A (R)Evolução Energética, de Outubro de 2009, explica como a Europa pode reduzir significativamente internamente as suas emissões de gases de efeito de estufa em 30%, reforçando ao mesmo tempo a sua economia e abolindo a energia solar.
Para tal, é necessário que os lideres europeus concretizem a ambição do pacote legislativo Energia-Clima, que deverá ser finalizado nos próximos dias.
O estudo da WWF “Low carbon jobs for Europe” mostra que pelo menos 3.4 milhões de postos de trabalho europeus estão directamente relacionados com energias renováveis, mobilidade sustentável ou bens e serviços energeticamente eficientes. Em comparação, temos 2.8 milhões de europeus a trabalhar em indústrias poluidoras. Prevê-se uma expansão contínua das actividades económicas “low carbon” e uma progressiva diminuição do numero de trabalhadores associados às actividades extractivas e indústrias poluentes.
De acordo com este estudo, as políticas e tecnologias de combate às alterações climáticas têm ainda efeitos positivos na economia.
Estudo: http://assets.panda.org/downloads/low_carbon_jobs_final.pdf
28.10.2009
"Os chefes de Estado da União Europeia deverão, esta semana, recomendar formalmente um montante de cem mil milhões de euros anuais de ajuda dos países ricos aos mais pobres, para fazer da cimeira climática de Copenhaga, em Dezembro, um sucesso, revela o jornal “The Guardian”.
Segundo a União Europeia, o montante deverá ser entregue anualmente até 2020 para ajudar países como a Índia e o Vietname a enfrentar os efeitos das alterações climáticas.
Os cem mil milhões de euros são quanto deverá custar aos países em desenvolvimento a mitigação e adaptação climática.
No entanto, a Europa ainda não terá chegado a acordo sobre quanto desse montante estará disposta a assumir. Estimativas anteriores falam em algo entre os dez e os 15 mil milhões de euros por ano.
Esta tomada de posição, defendida pelo Reino Unido, prevaleceu sobre o receio de outros países em fixar uma quantia concreta antes da cimeira de Copenhaga. O jornal britânico lembra que foi Gordon Brown o primeiro líder ocidental a pôr números na mesa, no início do ano.
Países como a China e a Índia já avisaram que a ajuda financeira é um pré-requisito essencial para qualquer acordo em Copenhaga.
A cimeira deverá pôr a comunidade internacional de acordo relativamente ao sucessor do Protocolo de Quioto, que expira em 2012."
No passado dia 23 de Outubro, a Quercus enviou uma carta ao Primeiro-Ministro de Portugal, o Eng.º José Sócrates, a propósito do Conselho Europeu de Chefes de Estado a realizar-se nos dias 29 e 30 de Outubro em Bruxelas. Em causa está o carácter decisivo deste encontro de alto nível na capacidade da União Europeia (UE) assumir a tão proclamada posição de liderança nas negociações climáticas em Copenhaga no próximo Dezembro, com vista à consecução de um novo Acordo.
A Rede Europeia de Acção Climática (CAN-Europe), da qual a Quercus faz parte, pretende desta forma chamar a atenção de todos os Primeiros-Ministros da União Europeia para a necessidade de anunciar um duplo comprometimento: estabelecer metas ambiciosas de redução das emissões de gases de efeito de estufa (GEE) e aprovar um pacote financeiro de apoio aos países em desenvolvimento no seu processo de redução de emissões e adaptação às alterações climáticas.
Segundo os estudos científicos mais recentes, só será possível manter o aumento da temperatura global abaixo dos 2oC através de uma redução de 40% dos GEE em 2020, sendo que 30% terão que ser conseguidos internamente.
Outra exigência feita pelas ONG Europeias à UE tem a ver com um novo e adicional financiamento público de 35 mil milhões de euros por até 2020. Refira-se que este montante representa cerca de um terço do total de 110 mil milhões de euros anuais de fundo internacional que a Comissão estima serem necessários para apoiar a redução, adaptação, a capacitação e a cooperação tecnológica nos países em desenvolvimento até 2020.
Sabemos que as alterações climáticas estão em marcha e vão afectar-nos a todos. Sabemos também agora que 350 é o nível seguro de carbono na atmosfera.
Por isso, no dia dia 24 de Outubro, 144 cidades incluindo Lisboa e Gaia juntaram-se e reclamaram aos líderes mundiais a resolução da crise climática, fazendo 350 humanos. Veja as fotos dos eventos nacionais e internacionais!
Gaia
Lisboa
Explorando o trocadilho linguístico entre Copenhagen e Hopenhagen, este movimento pretende mobilizar os cidadãos do mundo para acreditarem num novo começo para o planeta em Copenhaga, no próximo mês Dezembro.
Em contagem decrescente para a 15ª Conferência das Partes sobre Alterações Climáticas (COP-15), que decorrerá entre 7 a 18 de Dezembro, na capital da Dinamarca, é lançado o apelo para manter a esperança na construção de um futuro melhor para o planeta e de um modo de vida mais sustentável. A comunidade global pode, nesta plataforma online, depositar a sua confiança na capacidade dos líderes mundiais tomarem as decisões certas para enfrentar a crise ambiental.
A missão do Hopenhagen é criar um movimento popular forte o suficiente para incitar à mudança.
Assine a petição em www.hopenhagen.org e deixe a sua mensagem de esperança.
O ritmo de destruição das florestas mundiais equivale actualmente a 36 campos de futebol por minuto, 13 milhões de hectares por ano, segundo um relatório publicado ontem pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
O relatório, publicado à margem do XIII Congresso Florestal Mundial, que decorre na capital argentina de Buenos Aires, indica ainda que a destruição das florestas é responsável por cerca de 20 por cento das emissões globais de gases de efeito estufa e desafia os líderes mundiais a comprometerem-se a anular a destruição florestal até 2010.
As conclusões deste congresso serão apresentadas à cimeira de Copenhaga sobre alterações climáticas, em Dezembro, da qual deverá sair um novo tratado internacional sobre o clima, que irá substituir o de Quioto, que expira em 2012.
Notícia completa em:
ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx
Este é o vídeo da campanha lançada pelo Fórum Humanitário Global "Beds Are Burning", que pretende promover a maior petição de sempre online no sentido de influenciar as negociações da COP15 que terão início a 6 de Dezembro, em Copenhaga.
Música originalmente escrita por Peter Garrett, antigo vocalista dos Midnight Oil e actual ministro do Ambiente da Austrália.
por Enrique Pinto-Coelho, iOnline.pt
"A Greenpeace britânica faz tudo para captar a atenção dos políticos: quando ler estas linhas, faltarão 54 dias e algumas horas para a cimeira mais importante de sempre sobre alterações climáticas. Durante 12 dias, de 7 a 18 de Dezembro, cerca de 15 mil participantes, irão reunir em Copenhaga no COP-15: é a 15.a Conferência das Partes na Convenção-Quadro das Nações Unidas Sobre Alterações Climáticas. Isso quer dizer que já houve 14 reuniões anteriores - a mais famosa foi a de Quioto, ou COP-3, em Dezembro de 1997 - e que os resultados até agora foram insuficientes. A relevância da cimeira de Copenhaga é reconhecida em todo o mundo e, a 22 de Setembro, o presidente da Comissão Europeia (CE), Durão Barroso, escreveu no i que, sem deslindar o rascunho de 250 páginas que será a base de negociação na Dinamarca, "o documento corre o risco de se tornar a carta de suicídio colectivo mais longa da História".
Preocupados pela lentidão dos avanços nesta matéria, activistas da Greenpeace no Reino Unido decidiram levar a cabo uma nova intervenção: na noite de domingo para segunda-feira subiram ao telhado do Parlamento britânico. Alguns foram detidos (24 segundo a organização), mas 31 passaram a noite e a jornada de ontem nas frias alturas do palácio de Westminster perante a passividade da polícia. O objectivo, entretanto alcançado, era surpreender os deputados na rentrée política com cartazes e um manifesto com 12 pontos para salvar o planeta.
Foto: www.greenpeace.org.uk
"Temos de aumentar a temperatura do debate porque estamos realmente a esgotar o tempo. Falta um minuto para a meia--noite", declarou o director executivo da Greenpeace britânica, John Sauven.
O governo mostrou compreensão mas exigiu respeito pela lei. "Temos um plano abrangente para transformar a nossa sociedade e a economia", assegurou uma porta-voz. "Esta semana acolhemos conversações para acelerar o desenvolvimento de carvão limpo e avançar no acordo de Copenhaga. E graças ao nosso desempenho doméstico temos a credibilidade de que precisamos para poder pressionar e conseguir um acordo ambicioso sobre o clima global."
O Reino Unido foi o primeiro país do mundo a restringir por lei as emissões de carbono, mas entre 2003 e 2007 só conseguiu uma redução anual de 0,6%. Portugal ultrapassa em 5% a meta de Quioto (que tem como ano base 1990) e espera chegar a apenas 3% em 2012.
"Portugal está em condições de cumprir os objectivos", garante ao i Viriato Soromenho-Marques. O coordenador científico da Gulbenkian saúda os esforços realizados durante a última legislatura na área das energias renováveis, mas avisa da gravidade da situação mundial: "Há uma assimetria entre a dimensão do problema ambiental e a dimensão do espaço e o tempo da política", explica. "O que está em causa é o mundo como nós o conhecemos. Não as políticas, mas sim o próprio palco onde se desenrolam as políticas." Tal como a maioria dos cientistas britânicos (nove em cada, numa sondagem do "The Guardian"), Soromenho-Marques receia que o principal objectivo de Copenhaga - limitar a 2o o aumento de temperatura neste século - seja inalcançável. "Para 2020, precisámos de medidas transformacionais. O que temos são avanços incrementais, e não me parece que apareçam as tecnologias revolucionárias de que precisamos.""
Link da notícia: http://www.ionline.pt/conteudo/27591-its-the-final-countdown-greenpeace-lanca-alerta-nos-telhados-westminster
Sobre esta acção no site da Greenpeace britânica: http://www.greenpeace.org.uk/blog/climate/politicians-think-beyond-next-general-election-and-fight-next-generation-20091013
Um protocolo de Quioto intacto, metas de redução ambiciosas e dinheiro na mesa são os pontos críticos após as negociações em Banguecoque.
Na penúltima ronda de negociações antes de Copenhaga subsistem três grandes pontos críticos após o encerramento de mais uma ronda de negociações sobre o clima que terminou ontem em Banguecoque: um protocolo de Quioto intacto, metas de redução de emissões ambiciosas e dinheiro na mesa.
Estas questões mostram uma falta de vontade da União Europeia e de outros países industrializados em encontrar uma base comum com os países em desenvolvimento para estabelecer um comprometimento financeiro adequado, níveis ambiciosos de redução e ainda defender o Protocolo de Quioto – único instrumento existente no momento, com metas quantificáveis de redução de emissões de gases de efeito de estufa (GEE) e, neste momento, um dos pontos de partida para os países em desenvolvimento.
“Esta semana vimos a União Europeia perder de vista a sua meta climática”, disse Ulriikka Aarnio, representante da CAN-E (Climate Action Network – Europe, Rede Europeia para a Acção Climática). “A União Europeia não pode deixar de lado alguns actores importantes, incluindo os países em desenvolvimento, para tentar um acordo – qualquer acordo – com os Estados Unidos da América”, continuou. “A atitude da UE no Protocolo de Quioto não está a ajudar neste processo.”
Apesar de terem sido feitos alguns avanços em Banguecoque em termos de consolidação do texto de negociação, ao nível político não se verificou nenhum progresso. Agora que as reuniões em Banguecoque chegaram ao fim, as atenções viram-se para Bruxelas, onde, durante as próximas duas semanas, os ministros da União Europeia (UE) podem liderar o caminho no combate às alterações climáticas. A primeira das três reuniões de alto nível ocorrerá no próximo dia 20 de Outubro, onde os Ministros das Finanças terão a oportunidade de melhorar a proposta de financiamento climático. A Quercus, no quadro da Rede para Acção Climática espera uma oferta da União Europeia de 35 mil milhões de euros anuais de financiamento público. Os Ministros do Ambiente irão encontrar-se a 21 de Outubro no Conselho de Ambiente, para discutir as posições internacionais da UE sobre alterações climáticas. Os Chefes de Estado da UE irão encontrar-se para finalizar o mandato europeu para Copenhaga.
A Noruega anunciou no final das negociações que está disponível para reduzir as emissões em pelo menos 40% em 2020 em relação a 1990, indo ao encontro das pretensões do que defendem as organizações não governamentais de ambiente.
As reuniões deste mês são o momento da UE fazer valer os seus objectivos no caminho para a resolução do problema das alterações climáticas e o novo objectivo anunciado pela Noruega é prova de que é possível.
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. Plano Nacional de Licenças de Emissão de CO2 (PNALE) 2008-2012