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Sexta-feira, 13 de Novembro de 2009

As emissões não industriais são a chave para alcançar os objectivos de Quioto

Um relatório da Agência Europeia do Ambiente (EEA, na sigla em inglês), divulgado ontem, dia 12 de Novembro, mostra que a União Europeia e todos os Estados-Membros, excepto um, estão no bom caminho para cumprir os seus compromissos do Protocolo de Quioto de redução das emissões de gases de efeito de estufa (GEE).

Enquanto o Protocolo de Quioto exige que a UE-15 reduza as suas emissões médias entre 2008 e 2012 em 8% face aos níveis de 1990, as últimas projecções indicam que a UE-15 irá mais longe, atingindo uma redução total de mais de 13% abaixo do ano de referência (1990).

Comentando estas previsões, a directora executivo da EEA e professora Jacqueline McGlade afirmou que “é encorajador que se preveja uma redução das emissões causadoras das alterações climáticas na Europa, excedendo os objectivos definidos pelo Protocolo de Quioto. Uma conquista destas devia encorajar todos os países a concordar com metas muito mais ambiciosas de redução das emissões globais, fechando um acordo global em Copenhaga, este mês de Dezembro. São cada vez mais urgentes compromissos para uma redução profunda das emissões, de modo a preservar as nossas hipóteses de manter o aumento da temperatura global abaixo dos 2oC.”

O relatório da EEA mostra que as reduções no período 2008-2012 poderão ser alcançadas através da conjugação de políticas existentes com outras adicionais; da aquisição de créditos de carbono pelos governos nacionais a partir de projectos de sequestro de carbono fora da UE; do Comércio de Licenças de Emissão (EU ETS, na sigla em inglês) por participantes neste mercado.; e de actividades florestais para a captura de carbono da atmosfera. O EU ETS abrange principalmente as grandes indústrias poluidoras, que representam cerca de 40% das emissões de GEE da UE.

Olhando para o futuro, quase três quartos do objectivo unilateral da UE de redução das suas emissões em 20% face aos níveis de 1990 em 2020 poderá ser alcançado a nível doméstico (i.e. sem aquisição de direitos de emissão fora da UE).

O relatório destaca a importância do EU ETS para que os Estados-Membros (EM) possam cumprir as suas metas. No entanto, é também feita a ressalva de que os governos nacionais precisam de concentrar os seus esforços em reduzir as emissões dos sectores não abrangidos pelo EU ETS, tal como os transportes, a agricultura e os edifícios.

  

Como pode a UE atingir as reduções previstas?

O relatório prevê a contribuição de vários factores para que a UE-15 consiga uma redução total de mais de 13%:
- As actuais políticas e medidas para o período 2008-2012 poderiam contar 6,9% pontos percentuais da redução total.

- Se os EM implementarem medidas adicionais já planeadas, a redução total poderá alcançar os 8,5%, embora isto dependa muito dos esforços combinados dos quatro principais países emissores (França, Alemanha, Espanha e Reino Unido).

- A utilização dos mecanismos flexíveis do Protocolo de Quioto por parte dos governos poderia contribuir com 2,2% de redução.

- O sequestro de dióxido de carbono através do reforço dos sumidouros de carbono (e.g. melhoria da gestão florestal) contribuirá com um ponto percentual adicional de redução.

- Espera-se que a aquisição de licenças e créditos de carbono por operadores do EU ETS renda mais 1,4% de redução.

  

A redução de emissões poderá ser favorecida pela recessão económica

 

Cinco EM da UE-15 (França, Alemanha, Grécia, Suécia e Reino Unido) reduziram já as suas emissões internas abaixo das suas metas nacionais. Apenas a Áustria espera ficar aquém do seu compromisso nas condições actuais e terá que intensificar os seus esforços na redução de emissões em sectores fora do EU ETS.

Todos os outros EM e países membros da EEA (32 no total) com metas de emissões ao abrigo do Protocolo de Quioto prevêem atingir os seus compromissos.

As projecções dos EM começaram a ter em conta a recente recessão económica, mas o presente relatório sustenta que as emissões de GEE poderão ainda estar sobrestimadas, a curto prazo. Como tal, a recessão pode trazer futuras reduções nas emissões.

Fonte: EEA, 2009

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publicado por climáticas às 17:30
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