Os países industrializados chegaram a Copenhaga com o objectivo de enfraquecer as suas metas nacionais através da floresta e uso do solo. Estes países rejeitam a ideia que têm de contabilizar o aumento de emissões proveniente da gestão florestal.
Em vez de se contarem as emissões da gestão florestal e uso do solo a partir de uma base histórica, tal como noutros sectores, estes países dizem que não querem que as emissões futuras das florestas sejam contabilizadas, desde que previstas. Isto é como dizer que as emissões de uma central a carvão não contam para as emissões de um país se essa central já estiver prevista.
Austrália, Canadá e Nova Zelândia já disseram claramente que tencionam aumentar a desflorestação e consequentemente as emissões a ela associadas. Muitos países da União Europeia, incluindo Portugal, estão a pensar fazer o mesmo. Ao alinhar nesta posição, a UE falhou neste momento crucial – até na descrição do que é a “tendência de crescimento” - pondo em causa a transparência necessária nas negociações no sector florestal (LULUCF, na sigla em inglês).
Temos assim mais uma subtil forma de usar a floresta, e a incerteza associada ao seu balanço de emissões, para evitar o que demais urgente devia ser feito, isto é, reduzir a queima de combustíveis fósseis.
Ana Rita Antunes e Francisco Ferreira
O ritmo de destruição das florestas mundiais equivale actualmente a 36 campos de futebol por minuto, 13 milhões de hectares por ano, segundo um relatório publicado ontem pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
O relatório, publicado à margem do XIII Congresso Florestal Mundial, que decorre na capital argentina de Buenos Aires, indica ainda que a destruição das florestas é responsável por cerca de 20 por cento das emissões globais de gases de efeito estufa e desafia os líderes mundiais a comprometerem-se a anular a destruição florestal até 2010.
As conclusões deste congresso serão apresentadas à cimeira de Copenhaga sobre alterações climáticas, em Dezembro, da qual deverá sair um novo tratado internacional sobre o clima, que irá substituir o de Quioto, que expira em 2012.
Notícia completa em:
ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx
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