Tem início amanhã, segunda-feira, dia 7 de Dezembro, a 15ª reunião da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (COP15) em Copenhaga, Dinamarca.
A Quercus vai participar activamente no processo negocial através de dois elementos, Francisco Ferreira, Vice-Presidente da associação, e Ana Rita Antunes, coordenadora para a área da energia e alterações climáticas. Os dois estão integrados na delegação oficial portuguesa.
Já hoje, a Quercus participou numa grande reunião preparatória com mais de 350 participantes de organizações não governamentais de ambiente e desenvolvimento de todo o mundo.
As organizações não governamentais vão intervir:
- tendo direito a participar nas negociações em plenário em conjunto com os representantes de países e outras organizações observadoras;
- reunindo e procurando influenciar cada um dos países; no caso da Quercus em particular, estarão em causa o acompanhamento das posições de Portugal, focalizando também contactos junto da Presidência Europeia (Suécia), Comissão Europeia, dos eurodeputados presentes (nomeadamente os portugueses) e ainda deputados nacionais;
- funcionar como catalisadores entre partes para procurar decisões favoráveis e compromissos.
A Quercus tem consciência que as negociações se encaminham para um acordo político vinculativo a ser assinado em Copenhaga. TAL PORÉM É POUCO: é preciso assegurar já ou ter a garantia que nos meses mais próximos será concretizado o texto de um acordo legalmente vinculativo que concretize os objectivos necessários para assegurar que o aquecimento global não será superior a 2ºC em relação à era pré-industrial. Tal implica à escala global que o pico de emissões de gases com efeito de estufa seja atingido entre 2013 e 2017.
Reuniões preparatórias, acreditação na conferência, testes de equipamento, primeiras impressões – assim está a correr o nosso domingo em Copenhaga, a poucas horas da abertura da magna reunião ambiental.
As organizações não governamentais (ONG) estiveram todo o dia reunidas, num conjunto de 350 representantes, para definir os objectivos e a estratégia para esta cimeira, considerada decisiva. À entrada do edifício, centenas de pessoas tentam ainda obter credenciais, desde delegados oficiais a cozinheiras – que vão ter um trabalho bem árduo nas próximas duas semanas.
A grande questão, hoje, véspera da abertura da maior conferencia alguma vez realizada sobre um problema ambiental pode resumir-se numa pergunta: vamos conseguir? Vão os países de todo o mundo acordar numa decisão que afaste o planeta e quem nele vive das consequências, que se calculam dramáticas, das alterações climáticas? Com os olhos do mundo em Copenhaga, haverá coragem política bastante para o fazer?
Do lado das ONG é claro: se é possível chegar a um acordo político, então também se pode conseguir um acordo em forma de lei e vinculativo. E assim não desperdiçamos o próximo ano a passar do político para o legal, mas utilizamo-lo para discutir o formato do novo protocolo.
Já se sabe que o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mudou o dia da visita a Copenhaga – chega no dia certo, 18 de Dezembro, data em que todos os textos finais deverão estar encerrados e aprovados pelas delegações oficiais. Nos próximos dias é bem provável que o contingente de chefes de Estado e de governo, até ao momento uma centena confirmados, aumente.
Assim decorreu, e ainda decorre, o Dia Zero da COP.
Ana Rita Antunes
*Vídeo do WWF
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