Não me espanta nada a ausência de um acordo em Copenhaga, aliás penso que é até melhor não haver nenhum acordo do que haver uma coisa pifia que sirva apenas para descansar as prestimosas consciências. Coisas como mercados de carbono, bolsas de emisões e outras armas de igual calibre, servem apenas para o capital tornar mais esta questão numa neociata, com uns lucrozitos por fora. Não me espanta nada que daqui a pouco surjam mercados de derivados, relativos aos mercados do carbono. Na realidade este comércio serviu em Quioto para disfarçar a incompetência e a falta de vontade política para atacar com medidas legisativas e acções o crescimento das emissões. Isto porque governo nenhum se atreveu a por freio nos meios económicos. Uns por conivência outros por receio da fuga de investimentos que, de qualquer forma se revelaram ruinosos para os países receptores. Os governos andam , hoje em Copenhaga como antes, a reboque dos interesses económicos, em lugar de colocarem a enfase nas populações e na satisfação das suas necessidades. Estas podem ser satisfeitas mesmo com uma fortíssima limitação da economi do Carbono, donde o paradigma do desenvolvimento poderia já ter sido alterado. Mas não o é. Diminuir emisões comprando hipotéticas emissões que se desconhece se vão sequer existir, ou através de investimentos feitos em outros países, não só disfarça o problema como impede acções destes países em seu próprio benefício, como desresponsabiliza os países e empresas que investem. Além disso os benefícios finais nunca foram para os países onde se verificou o investimento e muito menos os resultados para as suas populações. Concluindo, um qualquer acordo em Copenhaga não serve, e não é nada liquido que o tipo de acordo necessário tenha a concordância dos países desenvolvidos. Logo parece bem mais positiva a falta de acordo e a necessidade de retomar negociaçõe em bases mais sérias do que labporar neste logro.