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Quinta-feira, 12 de Novembro de 2009

"Obama, tu podes parar isto"

A Greenpeace lançou hoje, dia 12 de Novembro, um apelo ao presidente norte-americano, Barack Obama, para travar a desflorestação na Indonésia, através da colocação de uma faixa gigante numa floresta de Sumatra (na imagem). Obama visita, pela primeira vez, a China entre 15 a 18 de Novembro, sendo o dossier ambiental um dos pontos a discutir com o seu homólog chinês, Hu Jintao. Entretanto, continua a contagem decrescente para a Cimeira de Copenhaga, a menos de um mês.

 

Foto: REUTERS/HO/Greenpeace/John Novis

publicado por climáticas às 15:58
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Segunda-feira, 9 de Novembro de 2009

Disparates na floresta

 

Na Conferência de Barcelona, que decorreu entre 2 e 6 de Novembro, uma das questões vitais não resolvidas pelos países do Anexo I (países com reduções de emissões a cumprir) disse respeito à sua estratégia sobre alterações no uso do solo e das florestas (LULUCF, da sigla em inglês), e à tentação de usar este sector como uma forma fácil e barata de conseguir créditos de emissão.
 
O caminho que tem vindo a ser seguido põe em causa a integridade de um possível Acordo de Copenhaga, ao invés de construir um quadro justo e transparente, através do qual os países industrializados assumam as responsabilidades totais pelas emissões de corte florestal e produção de agrocombustíveis.
 
Já se tornou claro que os países em desenvolvimento e outros observadores com princípios semelhantes estarão atentos a todas as imperfeições relacionadas com estas regras. Mais ainda, caso os países desenvolvidos insistam, poderá haver um retrocesso nas negociações globais e nova necessidade em alterar os tectos ou metas de reduções de emissões.
 
O estabelecimento de regras justas e efectivas de contabilização de emissões incentivará mudanças estruturais na gestão florestal, com benefícios para o clima, e desencorajará más práticas florestais. Até agora, as opções que continuam presentes no texto em discussão para Copenhaga apresentam ainda assimetrias flagrantes.
 
As fontes do sequestro/débito de carbono são removidas do sistema de contabilização, definidas à parte dos valores de referência, explicadas como distúrbios naturais ou adiadas durante décadas por sistemas de contabilização favoráveis à indústria da madeira.
 
É difícil de acreditar, mas as posições de muitos dos países desenvolvidos (do Anexo I), definem efectivamente as suas opções relativas à gestão da floresta como sendo neutras em termos de carbono, negligenciando o volume de emissões que a mesma pode representar.
 
Neste mundo de fantasia, a política “business-as-usual” de corte de florestas com 50 anos ou a intensificação da produção de agrocombustíveis em terrenos florestais não contariam como débitos de carbono. No entanto, a atmosfera vê estes débitos como emissões que não deviam ter aumentado.
 
Os negociadores dos países desenvolvidos (do Anexo I do Protocolo de Quioto) devem relembrar – ou serem relembrados pelos seus ministros e sociedade civil – que é o planeta que está aqui em jogo e que é mesmo necessário reduzirmos as emissões. As boas intenções são bem-vindas, mas não estamos aqui para engendrar regras que evitem mudar a forma como as florestas têm sido geridas até agora.
 
As ONGs estão preocupadas com o que poderia acontecer se os outros sectores começassem a actuar como este. Que tal acordar emissões zero para o sector da energia eléctrica, caso aumentem a sua produção com base numa prática business-as-usual de queima de combustível? No sector de alteração do uso do e florestas isso significaria que só se contariam as emissões se deixássemos de utilizar o pior combustível de todos – o carvão. Mas não é isto que se entende como “ambição” no quadro de um forte Acordo de Copenhaga.
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publicado por climáticas às 10:28
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