Foto: Greenpeace
A faixa de
A Greenpeace deixou mais um sinal do que poderá acontecer caso não seja assinado um Acordo climático vinculativo, justo e ambicioso em Copenhaga. Ontem, dia 14 de Dezembro, a organização juntou à porta do Parlamento dinamarquês, em Copenhaga, os quatro cavaleiros do Apocalipse, caracterizados de modo a simbolizar, cada um, a morte, a fome, a guerra e a peste - quatro catastrófes que a humidade poderá ter de enfrentar no futuro caso não sejam tomadas medidas fortes para conter as alterações climáticas.
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O aeroporto de Copenhaga está coberto de cartazes onde vários líderes mundiais envelhecidos pedem desculpa pelo falhanço das negociações da Cimeira do Clima que tem iníco nesta cidade no início da próxima semana. "Peço desculpa. Podíamos ter travado alterações climáticas catastróficas mas não o fizemos", diz Barack Obama, Gordon Brown, Lula da Silva e outros.
As fotomontagens fazem parte de uma campanha da Greenpeace e da TckTckTck que pretende sensibilizar estes políticos para a necessidade urgente de medidas contra o aquecimento global. "Esperamos que estes anúncios prevejam um futuro errado – um futuro em que os líderes olham para o passado, para uma cimeira que falhou, com uma atitude de 'podia, deveria'. Ainda há tempo para mudar o futuro", acredita a Greenpeace.
As Organizações Não Governamentais (ONG) esperam que os anúncios não se transformem em realidade e recomendam que estes líderes "evitem arrependimentos" através da adopção de "um acordo justo, ambicioso e vinculativo para salvar o planeta" na Cimeira de Copenhaga. Veja todas as imagens na página da Greenpeace.
Os activistas da Greenpeace que escalaram hoje a Torre de Belém pretendem que o tema das alterações climáticas seja introduzido na Cimeira Ibero-Americana que está a decorrer em Lisboa.
Os nove elementos da Greenpeace colocaram três faixas, uma virada para o Mosteiro de Jerónimos, outra para nascente do rio, para a Ponte 25 de Abril, e outra no topo da Torre de Belém, onde se pode ler (em inglês, espanhol e português) “O Nosso clima, a Vossa decisão”.
Notícia completa: http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1412000
A Greenpeace manifestou-se na passada sexta-feira, dia 6 de Novembro, em Barcelona, numa acção de protesto em relação à estagnação das tentativas negociais rumo a um acordo em Copenhaga.
Depois de uma semana de alguma expectativa, a palavra de ordem agora é frustração.
Foto: Greenpeace
Na imagem podemos ver dezenas de despertadores colocados por activistas no passado dia 4 de Novembro no edifício em Barcelona onde decorrem as negociações climáticas, no âmbito da campanha "tck tck tck", da Global Campaign for Climate Action.
FOTO: ALBERT GEA/REUTERS
Uma garrafa abandonada junto ao reservatório de Barros de Luna, na província espanhola de Castela-Leão, a 3 de Novembro. O tempo para negociar um Acordo climático que suceda ao Protocolo de Quioto está a esgotar-se.
FOTO: REUTERS/ELOY ALONSO
No dia 29 de Outubro, vários activistas oriundos de vários países europeus e africanos, manifestaram-se em Bruxelas, pedindo aos líderes europeus que saldem a "dívida climática" da União Europeia.
FOTO: YVES HERMAN/REUTERS
Activistas da Greenpeace em cima de uma grua, em cima de um banner onde se pode ser "Protecção das Florestas = Solução Climática". Foto tirada no porto de Montoir-de-Bretagne, no dia 29 de Outubro. Com esta acção, a Greenpeace protestou contra a chegada do navio de carga Izmir Castle, que transportava 15 mil toneladas de derivados de óleo de palma da Indonésia, que seriam utilizados como ração para gado.
FOTO: REUTERS/STEPHANE MAHE
Num lago em Jacarta, Indonésia, várias imagens com as caras dos líderes mundiais foram colocadas por activistas no dia 29 de Agosto. Na imagem pode-se ver o Primeiro-Ministro canadiano Stephen Harper, o Presidente francês Nicolas Sarkozy, o Presidente Russo Dmitry Medvedev e o Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama.
Este protesto pretendeu ser um apelo aos países desenvolvidos para se comprometerem a uma ra reduzir de forma significativa as suas emissões de gases com efeito de estufa.
FOTO: SUPRI/REUTERS
Entre 2 e 6 de Novembro, os delegados de 175 países estarão reunidos em Barcelona, Espanha, num último encontro antes da Conferência de Copenhaga cujo objectivo é tentar desbravar caminho para as negociações climáticas de Dezembro, conseguindo opções claras quanto aos principais pontos do futuro acordo.
© Greenpeace
Aproveitando esta Conferência de alto nível, a Greenpeace fez-se manifestar colocando uma faixa pelo Clima na igreja da Sagrada Família, ícone da cidade, num apelo aos líderes mundiais que tomem as decisões acertadas.
Segundo a Greenpeace, mais de 20 activistas estenderam uma faixa de 600 metros quadrados na fachada da Sagrada Família com a mensagem 'World leaders make the climate call'".
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O relatório da Greenpeace A (R)Evolução Energética, de Outubro de 2009, explica como a Europa pode reduzir significativamente internamente as suas emissões de gases de efeito de estufa em 30%, reforçando ao mesmo tempo a sua economia e abolindo a energia solar.
Para tal, é necessário que os lideres europeus concretizem a ambição do pacote legislativo Energia-Clima, que deverá ser finalizado nos próximos dias.
por Enrique Pinto-Coelho, iOnline.pt
"A Greenpeace britânica faz tudo para captar a atenção dos políticos: quando ler estas linhas, faltarão 54 dias e algumas horas para a cimeira mais importante de sempre sobre alterações climáticas. Durante 12 dias, de 7 a 18 de Dezembro, cerca de 15 mil participantes, irão reunir em Copenhaga no COP-15: é a 15.a Conferência das Partes na Convenção-Quadro das Nações Unidas Sobre Alterações Climáticas. Isso quer dizer que já houve 14 reuniões anteriores - a mais famosa foi a de Quioto, ou COP-3, em Dezembro de 1997 - e que os resultados até agora foram insuficientes. A relevância da cimeira de Copenhaga é reconhecida em todo o mundo e, a 22 de Setembro, o presidente da Comissão Europeia (CE), Durão Barroso, escreveu no i que, sem deslindar o rascunho de 250 páginas que será a base de negociação na Dinamarca, "o documento corre o risco de se tornar a carta de suicídio colectivo mais longa da História".
Preocupados pela lentidão dos avanços nesta matéria, activistas da Greenpeace no Reino Unido decidiram levar a cabo uma nova intervenção: na noite de domingo para segunda-feira subiram ao telhado do Parlamento britânico. Alguns foram detidos (24 segundo a organização), mas 31 passaram a noite e a jornada de ontem nas frias alturas do palácio de Westminster perante a passividade da polícia. O objectivo, entretanto alcançado, era surpreender os deputados na rentrée política com cartazes e um manifesto com 12 pontos para salvar o planeta.
Foto: www.greenpeace.org.uk
"Temos de aumentar a temperatura do debate porque estamos realmente a esgotar o tempo. Falta um minuto para a meia--noite", declarou o director executivo da Greenpeace britânica, John Sauven.
O governo mostrou compreensão mas exigiu respeito pela lei. "Temos um plano abrangente para transformar a nossa sociedade e a economia", assegurou uma porta-voz. "Esta semana acolhemos conversações para acelerar o desenvolvimento de carvão limpo e avançar no acordo de Copenhaga. E graças ao nosso desempenho doméstico temos a credibilidade de que precisamos para poder pressionar e conseguir um acordo ambicioso sobre o clima global."
O Reino Unido foi o primeiro país do mundo a restringir por lei as emissões de carbono, mas entre 2003 e 2007 só conseguiu uma redução anual de 0,6%. Portugal ultrapassa em 5% a meta de Quioto (que tem como ano base 1990) e espera chegar a apenas 3% em 2012.
"Portugal está em condições de cumprir os objectivos", garante ao i Viriato Soromenho-Marques. O coordenador científico da Gulbenkian saúda os esforços realizados durante a última legislatura na área das energias renováveis, mas avisa da gravidade da situação mundial: "Há uma assimetria entre a dimensão do problema ambiental e a dimensão do espaço e o tempo da política", explica. "O que está em causa é o mundo como nós o conhecemos. Não as políticas, mas sim o próprio palco onde se desenrolam as políticas." Tal como a maioria dos cientistas britânicos (nove em cada, numa sondagem do "The Guardian"), Soromenho-Marques receia que o principal objectivo de Copenhaga - limitar a 2o o aumento de temperatura neste século - seja inalcançável. "Para 2020, precisámos de medidas transformacionais. O que temos são avanços incrementais, e não me parece que apareçam as tecnologias revolucionárias de que precisamos.""
Link da notícia: http://www.ionline.pt/conteudo/27591-its-the-final-countdown-greenpeace-lanca-alerta-nos-telhados-westminster
Sobre esta acção no site da Greenpeace britânica: http://www.greenpeace.org.uk/blog/climate/politicians-think-beyond-next-general-election-and-fight-next-generation-20091013
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