Ontem, os negociadores presentes na Cimeira de Copenhaga receberam 50 mil postais enviados dos quatro cantos do mundo, apelando à concentração de esforços para um Acordo climático ambicioso e que exclua a energia nuclear. Esta iniciativa pretendeu alertar para as tentativas subtis, por parte dos grupos de interesses, em incluir a energia nuclear no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (CDM, na sigla em inglês), criado no quadro do Protocolo de Quioto.
Esses grupos de pressão têm sido eficazes. Os Acordos de Marraquexe, que excluíram a energia nuclear dos mecanismos flexíveis no quadro do Protocolo de Quioto, são agora complementados por outras opções. Em resultado, o nuclear seria só proibido no próximo período de compromisso ou poderia mesmo tornar-se elegível para os períodos subsequentes, a começar do ano passado!
As Organizações Não Governamentais reiteram que a energia nuclear não é nem limpa nem benéfica para o clima, para além de não ser também uma fonte energética rentável. Apelamos assim aos Chefes de Estado que se abstenham de desviar dinheiro das soluções reais, como as energias renováveis, para o nuclear! A meta aqui é o desenvolvimento sustentável e não projectos perigosos que impliquem investimentos de grande envergadura.
Na primeira foto, o lider do movimento antiglobalização e membro do Parlamento Europeu, Jose Bove, assina o cartaz na acção de entrega dos postais "Don't Nuke the Climate", que decorreu no Bella Center.
NEM NUCLEAR, NEM EFEITO DE ESTUFA!
Campanha internacional 2009 - Cimeira de Copenhaga sobre o clima
A Quercus faz parte das 271 organizações de 37 países que apoiam a campanha cívica "Don’t nuke the climate!" e recusam assim o nuclear como « solução » para as alterações climáticas.
O nuclear está excluido, no Protocolo de Quioto, como solução para a redução das emissões de gás com efeito de estufa (GEE). Esta campanha pretende que em Copenhaga esta tecnologia perigosa, poluente e cara continue fora dos regulamentos sobre as emissões de GEE, embora reconheça que a pressão da indústria será grande.
"Recorrer a ele, é condenar, pois, ao fracasso a luta contra as alterações climáticas", diz a organização da campanha em comunicado.
Como alternativa, deverão ser colocadas em prática "verdadeiras soluções", como a eficiência energética, a poupança de energia, as energias renováveis, o combate à desflorestação, a agricultura sustentável, etc.
A 12 de Dezembro, dia internacional "Don’t nuke the climate!" decorrerão em todo o mundo centenas de acções para apoiar estas exigências.
Até lá, fica o apelo a todos os cidadãos do mundo para assinar a petição "Don't nuke the climate!", disponível em www.dont-nuke-the-climate.org
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