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Segunda-feira, 14 de Dezembro de 2009

Chegou o momento crucial em Copenhaga

À medida que os delegados regressam hoje ao Bella Center, onde decorre a COP15, vão contando já com a companhia de alguns ministros e chefes de Estado. Neste que é o início do período crucial da Cimeira de Copenhaga, quais os temas que merecem maior atenção e debate de modo a alcançar-se um Acordo climático justo, ambicioso e vinculativo?


Estas são as sugestões das Organizações Não Governamentais a acompanhar a COP15, entre as quais a Quercus: Mitigação, Adaptação, Financiamento e Estrutura Jurídica. Comecemos por abordar neste post a:

 

Mitigação


No sábado passado, a Aliança dos Pequenos Países Insulares (AOSIS, da sigla em inglês) chamou novamente a atenção para a ameaça à sobrevivência de alguns dos seus Estados, bem como de certos países menos desenvolvidos (LDC, da sigla em inglês). Estas nações não estão “a jogar” às negociações. Quando pedem aos países desenvolvidos uma redução de gases de efeito de estufa de 45% em 2020, com base nas emissões de 1990, defendem também o direito à sobrevivência acima da tona da água.


Ainda assim, no arranque da segunda semana de negociações, as ofertas de redução dos países desenvolvidos são dramaticamente baixas. Os cálculos da Ecofys e da Climate Analytics revelam uma redução total de uns tristes 8% a 12%, em comparação com os níveis de 1990. Ao acrescentar os sumidouros florestais e o “ar quente”, a redução proposta pode chegar a uma miserável redução de 2% de emissões em relação a 1990.


A União Europeia não tem ajudado a aumentar este baixo nível de ambição. Podia ter enviado um sinal positivo, elevando o objectivo de redução de emissões, durante a Cimeira dos Chefes de Estado, no final da semana passada. Parece que a última cartada vai continuar reservada para a fase terminal da Conferência.


Mas os níveis de redução anunciados não são o único problema até agora. Muitos países continuam a discussão sobre o ano base de cálculo até agora aceite (1990) e ainda não está decidida a continuação de períodos de cumprimento de cinco anos nem a revisão científica no máximo até 2015 por parte do IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas).


As Organizações Não Governamentais chamarão a atenção dos Ministros e chefes de Estado para os verdadeiros desafios diante deles:


- Elevar os objectivos de redução das emissões até 2020;
- Acabar com os créditos de emissão em excesso provenientes da floresta e do “ar quente” como formas de “escapar” aos limites de emissão associados a um esforço interno;
- Acordar 1990 como o ano base de cálculo e aceitar períodos de comprometimento de cinco anos;
- Impor uma revisão científica de curto prazo.

 

Ver Adaptação

publicado por climáticas às 11:20
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Sexta-feira, 11 de Dezembro de 2009

União Europeia ganha terceiro prémio do Fóssil do Dia

O ambíguo nível de ambição da Cimeira de Chefes de Estado, em Bruxelas, foi o que motivou a atribuição 


Os líderes europeus tiveram hoje a oportunidade de deixar a sua marca nas negociações em Copenhaga:

- acordando uma meta mais ambiciosa para 2020, pondo dinheiro em cima da mesa para um período de longo prazo;

- assegurando que o montante de financiamento a curto prazo para os países em desenvolvimento é adicional em relação ao já existente; e

- encerrando questões polémicas sobre os créditos de carbono provenientes de floresta e de “ar quente”.

As Organizações Não Governamentais estão satisfeitas com o facto da União Europeia estar a pedir um resultado legalmente vinculativo o mais cedo possível, sendo conhecidos os esforços de alguns países da UE em conseguir um acordo que valha a pena. Contudo, para alcançar um bom acordo em Copenhaga é necessário uma liderança a uma só voz por parte da Europa. 

Para além disso, os líderes europeus devem reconsiderar a abordagem defensiva que têm tido até agora e lançar uma carta decisiva antes de entrarmos na recta final de Copenhaga. A Alemanha, em particular, deve compreender que outros países não se vão deixar inspirar por uma União Europeia que aguarda a tomada do próximo passo. Apenas acções corajosas terão respostas.  
 

 

publicado por climáticas às 18:09
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Activistas manifestam-se à porta da COP15

"União Europeia, paga a tua dívida climática" é a mensagem a reter.

 

 

Filmado por: Ana Rita Antunes, Quercus

publicado por climáticas às 16:56
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Contas de Copenhaga longe do desejável

- Aumento de emissões 1990-2020 dos países desenvolvidos
- Temperatura a aumentar 3,5 ºC

- Países desenvolvidos com metas reduções bem menos ambiciosas que os países em desenvolvimento

Emissões são emissões, mas há muitas formas de fazer as contas. Apesar dos textos que hoje estão a ser apresentados no que respeita aos segmentos da Convenção e Protocolo de Quioto, estão longe do desejável e estão ainda muito em aberto.

O quarto relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) sublinha a necessidade dos países desenvolvidos reduzirem as suas emissões de gases com efeito de estufa entre 25% a 40% até 2020, em relação aos níveis de 1990. Para os países em desenvolvimento é sublinhado, no mesmo relatório, a necessidade destas nações apresentarem um desvio entre 15% a 30% em relação à tendência de crescimento de emissões (ou business as usual, BAU) até 2020. Tal como o IPCC também realça estas metas de mitigação dá ao mundo uma probabilidade de cinquenta por cento de ficar abaixo de um aumento de temperatura de 2º Celsius em relação à era pré-industrial.

Neste momento, na Cimeira do Clima, há uma disparidade lamentável entre o nível de ambição dos países em desenvolvimento e dos países desenvolvidos, onde os primeiros anunciam cortes dentro do necessário estando os segundos longe disso.
(...)

 

Números importantes:

- Reduções desejáveis para os países desenvolvidos: 40% em 2020, em relação a 1990. (Contudo, até o intervalo de 25% a 40% apontado pelo IPCC parece estar comprometido).

- Cálculos Ecofys e Climate Analytics: países desenvolvidos em conjunto apresentam reduções entre 13% a 19%. Juntando os créditos de emissão da floresta, tal como estão a ser negociados aqui, este valor desce para um intervalo de 8% a 12% de redução de emissões em relação a 1990.

- Adicionando outros créditos e o “ar-quente” (direitos de emissão que passam entre o primeiro período de cumprimento 2008-2012 do Protocolo de Quioto e o após 2012), ficaremos entre uma redução de 2% em relação a 1990 ou mesmo 4% acima de 1990!

- Assim, e neste ponto das negociações, o planeta arriscar-se-ia a enfrentar um aumento de temperatura de 3,5ºC até 2100.

- A União Europeia deveria anunciar uma redução de 30%, na linha do que os líderes do Reino Unido e da França pediram mas que não foi até agora assumido.

- Os Estados Unidos da América, a Rússia e a Austrália estão fora do intervalo de reduções necessárias e o Canadá parece inclusivamente querer aumentar as suas emissões.

 

Copenhaga, 11 de Dezembro de 2009

Ver comunicado completo aqui

publicado por climáticas às 12:55
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Quinta-feira, 19 de Novembro de 2009

Edifícios gastam 40% da energia consumida na UE

Nova Directiva de Edifícios nada faz para reduzir o seu consumo

Foi conhecida na passada terça-feira, dia 17 de Novembro, a decisão sobre a revisão da Directiva Europeia de Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD, sigla em inglês), com um final decepcionante para a Quercus e as demais Organizações Não Governamentais de Ambiente europeias. O texto final acordado não reflecte a ambição nem a urgência necessária para pôr termo ao desperdício de energia que existe nos edifícios europeus.


Num sector que é responsável por 40% da energia final consumida na União Europeia (UE) e por 36% das emissões de gases de efeito de estufa, são necessárias medidas concretas para melhorar o parque edificado, sendo este um ponto determinante para alcançar as metas europeias de redução de emissões.


A EPBD, adoptada em 2002, está a ser implementada pelos Estados-Membros, sendo Portugal um dos casos de sucesso no arranque deste processo. No entanto, a existência de lacunas na referida Directiva conduziu à apresentação de propostas de revisão no sentido de ampliar a abrangência e melhorar a sua eficácia.

O texto que saiu do processo de “trílogo” na UE apresenta alguns melhoramentos mas peca por não aproveitar esta excelente oportunidade de trazer o sector da construção para o século XXI. Com as melhorias na fase de projecto e a aposta na energia passiva e energias renováveis, os novos edifícios não vão consumir praticamente energia a partir de 2020. Apesar deste ser um ponto positivo a destacar, as novas construções representam apenas 1% de todo o parque edificado.

Perdeu-se uma grande oportunidade de reduzir consumo energético dos edifícios existentes. Na ausência de metas obrigatórias definidas, fica a cargo dos Estados-Membros tomar medidas para transformar os edifícios existentes em edifícios “quase zero” consumidores de energia.

Tendo em conta a pouca eficácia na actual implementação da Directiva por parte dos Estados-Membros, será imperativo trabalhar vigorosamente a nível nacional para assegurar que os planos de cada país são tão ambiciosos quanto possível.

Infelizmente, não há nada que garanta o melhoramento dos regulamentos de edifícios por parte dos Estados-Membros.


Lisboa, 19 de Novembro de 2009

A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

publicado por climáticas às 15:05
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Quinta-feira, 12 de Novembro de 2009

Veículos eléctricos conduzem a mais emissões de CO2 devido a lacunas da legislação europeia

Bons resultados exigem opções certas nos sectores dos transportes e energia

 

           

 

Lisboa / Portugal; Bruxelas, Bélgica - Apesar do importante papel que os veículos eléctricos podem ter na redução de emissões de carbono da Europa, a legislação europeia apresenta lacunas que poderão conduzir a um aumento do uso de petróleo e das emissões poluentes no sector dos transportes. É o que nos diz o mais recente relatório da Federação Europeia de Transportes e Ambiente (T&E, na sigla em inglês) de que a Quercus é membro.

 

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, apelou no passado mês de Setembro para a “descarbonização” do sector dos transportes, destacando o crescimento dos veículos eléctricos como um dos objectivos chave. (1)

Os limites de emissão de CO2 para os veículos novos, acordados pela União Europeia (UE) em Dezembro, incluem o conceito de “supercréditos” que permitem aos fabricantes da indústria automóvel venderem mais de três veículos com elevado consumo de combustível (como os jipes ou SUVs) por cada veículo eléctrico vendido. A esta lacuna da legislação Europeia acresce que os veículos eléctricos são contabilizados como tendo “zero-emissões”, apesar da electricidade que utilizam poder ser proveniente de combustíveis fósseis altamente carbónicos, como o carvão, ou discutíveis do ponto de vista do desenvolvimento sustentável, como o nuclear (2)

(...)


O relatório “How to Avoid an Electric Shock - Electric Cars from Myth to Reality” (“Como evitar um choque eléctrico – Veículos Eléctricos do Mito à Realidade”) está disponivel para download em www.transportenvironment.org.
Estudo divulgado em simultâneo em Bruxelas, Portugal e outros países europeus

 

(1) http://www.reuters.com/article/environmentNews/idUSTRE5824JY20090903

(2)
Os supercréditos serão sucessivamente reduzidos até 2016, mas os veículos eléctricos continuarão a ser contabilizados como “zero” emissões.


 

Ler o comunicado completo em: http://www.quercus.pt/scid/webquercus/defaultArticleViewOne.asp?categoryID=567&articleID=3037

publicado por climáticas às 16:22
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Quarta-feira, 4 de Novembro de 2009

"UE pressiona EUA para fechar acordo do clima"

PÚBLICO
04.11.2009
Rita Siza, Washington

"Os líderes da União Europeia estiveram ontem em Washington para fundar, com a Administração dos Estados Unidos, um novo Conselho de Cooperação para a Energia, que será um fórum permanente de nível ministerial para fomentar a colaboração dos dois blocos transatlânticos em termos de eficiência e segurança energética. (...)"

 

Ver a notícia completa em:
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1408239


 

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publicado por climáticas às 10:28
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Terça-feira, 3 de Novembro de 2009

Negociações sobre Directiva de Desempenho Energético de Edifícios recomeçam hoje

Redução de emissões em 40% só com forte revisão da Directiva dos Edifícios


A liderança política sobre alterações climáticas nunca foi tão importante como hoje. A Rede Europeia de Acção Climática, coligação de organizações não governamentais de ambiente nas áreas do clima e energia da qual a Quercus faz parte, está a escrever aos seus representantes europeus num apelo para que a União Europeia (UE) maximize os seus esforços e assegure uma forte revisão da Directiva sobre o Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD, da sigla em inglês).
A redução das emissões associadas aos edifícios é um objectivo essencial para que a UE consiga atingir a meta maior de reduzir em 40% as emissões de gases de efeito de estufa até 2020.

Apressar a revisão da futura EPBD, sob o argumento de conseguir finalizá-la a tempo de Copenhaga, não abona a favor da UE e da sua credibilidade negocial, decisiva nas negociações por um acordo climático pós-2012. Por outro lado, adoptar uma reformulação ambiciosa e corajosa, em linha com a proposta do Parlamento Europeu, seria uma oportunidade para demonstrar um compromisso real e concreto com acções internas, num sector que representa 40% da energia final consumida na UE e 36% das emissões de GEE.

A Europa não pode dar-se ao luxo de ignorar o desperdício de energia, especialmente nos edifícios existentes, nem desperdiçar oportunidades para melhorar a legislação europeia neste âmbito.

Com as negociações a entrar na recta final, a Quercus apela para que Portugal tome as decisões correctas de modo a viabilizar uma melhor e mais rápida reabilitação das habitações, escritórios, escolas e todos os edifícios do uso quotidiano. Estas decisões passam por:

- Exigir aos Estados-Membros a fixação de metas ambiciosas para a renovação de parte do seu parque edificado de acordo com os padrões de balanço energético zero para 2020, traçando objectivos intermédios para 2015, deve também ser assegurado o cumprimento destes requisitos por todos os novos edifícios em 2015.

- Estabelecimento de requisitos mínimos de desempenho energético para janelas, portas exteriores, sistemas construtivos de coberturas e de paredes, bem como para os sistemas de isolamento, de modo a que qualquer simples reabilitação seja uma oportunidade para eliminar o desperdício de energia.

- Obrigação dos Estados-Membros em alterar a legislação relativa aos edifícios até 2015 para que os investimentos na sua construção e reabilitação possam trazer grandes benefícios à sociedade – em termos económicos, sociais e ambientais.

- A utilização de fundos nacionais e comunitários para ajudar os cidadãos europeus a reabilitar as suas habitações e criar uma nova área de investimento que possibilite atingir estes objectivos.

Os edifícios europeus desperdiçam muita da energia que produzem. Esta é a energia que aquece o planeta em vez das nossas casas, desperdiça dinheiro dos orçamentos familiares e aumenta a nossa dependência energética, sem qualquer benefício para a UE ou para os seus cidadãos.

Uma directiva fraca relativa ao desempenho energético dos edifícios será infrutífera na resolução deste problema. Só com uma legislação forte e exigente será possível reduzir o consumo de energia em 80 Mtep por ano, constituindo este um óptimo exemplo de uma acção europeia interna na mitigação das alterações climáticas.


Lisboa, 2 de Novembro de 2009

A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

publicado por climáticas às 11:44
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Sexta-feira, 30 de Outubro de 2009

Oxfam monta acampamentos miniatura de desalojados pelo clima em cinco capitais europeias

Em vésperas de realização do Conselho Europeu, a Oxfam instalou no passado dia 28 de Outubro, acampamentos em miniaturas de desalojados pelo clima em cinco capitais europeias. Esta acção pretendeu ser um alerta para o que estará em jogo na Conferência de Copenhaga.


Centenas de tendas em miniaturas da autoria do artista alemão Hermann Josef Hack ergueram-se em Bruxelas, Londres, Berlim, Dublin e Madrid para mostrar aos governantes da União Europeia o que pode acontecer caso não se chegue a um consenso no Encontro de Bruxelas.


Estima-se que 26 milhões de pessoas tenham sido já desalojadas como resultado directo de acontecimentos climáticos extremos, sendo que todos os anos ficam desalojadas um milhão de pessoas devido a eventos meteorológicos.

De acordo com Elise Ford, chefe do Gabinete da Oxfam Internacional na UE, “Está na altura dos Estados Membros da UE pararem de “disparar cartuchos vazios”. A UE tem claramente poder económico para assegurar um acordo em Copenhaga. É preciso que os líderes europeus façam uma declaração de vontade política séria, colocando em cima da mesa números concretos para um novo financiamento, de modo a que o mundo continuar a ter como objectivo o sucesso de Copenhaga.” (tradução de excerto do comunicado oficial da Oxfam)

Fotos:
http://www.flickr.com/photos/oxfam/sets/72157622682038696/

 

Outros eventos no mesmo dia:
http://euobserver.com/9/28903#at

 

Site da Oxfam:
http://www.oxfam.org
 

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publicado por climáticas às 11:43
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Estudo WWF - “Low carbon jobs for Europe”

O estudo da WWF “Low carbon jobs for Europe” mostra que pelo menos 3.4 milhões de postos de trabalho europeus estão directamente relacionados com energias renováveis, mobilidade sustentável ou bens e serviços energeticamente eficientes. Em comparação, temos 2.8 milhões de europeus a trabalhar em indústrias poluidoras. Prevê-se uma expansão contínua das actividades económicas “low carbon” e uma progressiva diminuição do numero de trabalhadores associados às actividades extractivas e indústrias poluentes.

De acordo com este estudo, as políticas e tecnologias de combate às alterações climáticas têm ainda efeitos positivos na economia.


Estudo: http://assets.panda.org/downloads/low_carbon_jobs_final.pdf
 

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publicado por climáticas às 10:38
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Quinta-feira, 29 de Outubro de 2009

Quercus enviou carta a José Sócrates pedindo uma posição forte no Conselho Europeu de Chefes de Estado de 29 e 30 de Outubro

No passado dia 23 de Outubro, a Quercus enviou uma carta ao Primeiro-Ministro de Portugal, o Eng.º José Sócrates, a propósito do Conselho Europeu de Chefes de Estado a realizar-se nos dias 29 e 30 de Outubro em Bruxelas. Em causa está o carácter decisivo deste encontro de alto nível na capacidade da União Europeia (UE) assumir a tão proclamada posição de liderança nas negociações climáticas em Copenhaga no próximo Dezembro, com vista à consecução de um novo Acordo.

A Rede Europeia de Acção Climática (CAN-Europe), da qual a Quercus faz parte, pretende desta forma chamar a atenção de todos os Primeiros-Ministros da União Europeia para a necessidade de anunciar um duplo comprometimento: estabelecer metas ambiciosas de redução das emissões de gases de efeito de estufa (GEE) e aprovar um pacote financeiro de apoio aos países em desenvolvimento no seu processo de redução de emissões e adaptação às alterações climáticas.

Segundo os estudos científicos mais recentes, só será possível manter o aumento da temperatura global abaixo dos 2oC através de uma redução de 40% dos GEE em 2020, sendo que 30% terão que ser conseguidos internamente.

Outra exigência feita pelas ONG Europeias à UE tem a ver com um novo e adicional financiamento público de 35 mil milhões de euros por até 2020. Refira-se que este montante representa cerca de um terço do total de 110 mil milhões de euros anuais de fundo internacional que a Comissão estima serem necessários para apoiar a redução, adaptação, a capacitação e a cooperação tecnológica nos países em desenvolvimento até 2020.
 

publicado por climáticas às 16:41
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Quarta-feira, 14 de Outubro de 2009

Comunicado Quercus: Faltam poucas semanas para a União Europeia iniciar o seu jogo climático

Um protocolo de Quioto intacto, metas de redução ambiciosas e dinheiro na mesa são os pontos críticos após as negociações em Banguecoque.


Na penúltima ronda de negociações antes de Copenhaga subsistem três grandes pontos críticos após o encerramento de mais uma ronda de negociações sobre o clima que terminou ontem em Banguecoque: um protocolo de Quioto intacto, metas de redução de emissões ambiciosas e dinheiro na mesa.

 

Estas questões mostram uma falta de vontade da União Europeia e de outros países industrializados em encontrar uma base comum com os países em desenvolvimento para estabelecer um comprometimento financeiro adequado, níveis ambiciosos de redução e ainda defender o Protocolo de Quioto – único instrumento existente no momento, com metas quantificáveis de redução de emissões de gases de efeito de estufa (GEE) e, neste momento, um dos pontos de partida para os países em desenvolvimento.

“Esta semana vimos a União Europeia perder de vista a sua meta climática”, disse Ulriikka Aarnio, representante da CAN-E (Climate Action Network – Europe, Rede Europeia para a Acção Climática). “A União Europeia não pode deixar de lado alguns actores importantes, incluindo os países em desenvolvimento, para tentar um acordo – qualquer acordo – com os Estados Unidos da América”, continuou. “A atitude da UE no Protocolo de Quioto não está a ajudar neste processo.”

Apesar de terem sido feitos alguns avanços em Banguecoque em termos de consolidação do texto de negociação, ao nível político não se verificou nenhum progresso. Agora que as reuniões em Banguecoque chegaram ao fim, as atenções viram-se para Bruxelas, onde, durante as próximas duas semanas, os ministros da União Europeia (UE) podem liderar o caminho no combate às alterações climáticas. A primeira das três reuniões de alto nível ocorrerá no próximo dia 20 de Outubro, onde os Ministros das Finanças terão a oportunidade de melhorar a proposta de financiamento climático. A Quercus, no quadro da Rede para Acção Climática espera uma oferta da União Europeia de 35 mil milhões de euros anuais de financiamento público. Os Ministros do Ambiente irão encontrar-se a 21 de Outubro no Conselho de Ambiente, para discutir as posições internacionais da UE sobre alterações climáticas. Os Chefes de Estado da UE irão encontrar-se para finalizar o mandato europeu para Copenhaga.

A Noruega anunciou no final das negociações que está disponível para reduzir as emissões em pelo menos 40% em 2020 em relação a 1990, indo ao encontro das pretensões do que defendem as organizações não governamentais de ambiente.

As reuniões deste mês são o momento da UE fazer valer os seus objectivos no caminho para a resolução do problema das alterações climáticas e o novo objectivo anunciado pela Noruega é prova de que é possível.

 

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Quinta-feira, 23 de Julho de 2009

Redução em 2007 das emissões de gases com efeito de estufa

O inventário das emissões, da responsabilidade da Agência Europeia do Ambiente para 2007, diz em 2007, último ano em relação ao qual existem dados completos, as emissões UE-15 diminuíram 1,6% em comparação com 2006.

 

 

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publicado por climáticas às 20:10
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