Discurso do Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, já está disponível aqui, em texto.
Pontos Essenciais para um acordo justo, ambicioso e vinculativo em Copenhaga
A Rede Internacional de Acção Climática, composta por mais de 500 organizações em todo o mundo entre elas a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, lança hoje os elementos essenciais para um Acordo de Copenhaga completo e robusto.
Este documento define “as acções necessárias para evitar as catástrofes associadas às alterações climáticas, enquanto também sustenta a economia global e a adaptação às alterações climáticas que já não se podem evitar”, diz David Turnbull, Director da Rede de Acção Climática Internacional (CAN-I, na sigla em inglês). “A ciência é clara. E este é o critério para medir o nível de ambição do acordo dos líderes em Copenhaga”, acrescenta.
Francisco Ferreira, Vice-Presidente da Quercus, considera que “as propostas agora feitas pelas organizações não governamentais devem ser seriamente ponderadas por cada um dos Governos, incluindo o de Portugal, pois são a garantia mínima de que as alterações climáticas não representarão um custo demasiado elevado para as próximas gerações”.
Esta lista de pontos essenciais intitulada “Alterações Climáticas: Pontos essenciais para um acordo climático justo, ambicioso e vinculativo em Copenhaga” serve como painel de pontuação aos observadores que seguirem o progresso das negociações de Copenhaga e a avaliação dos resultados. Os pontos essenciais desta lista incluem:
- Um comprometimento para manter o aquecimento global abaixo dos 2ºC, com o pico de emissões entre 2013 e 2017 e as concentrações de CO2 abaixo de 350 ppm.
- Os países industrializados, em conjunto, devem-se comprometer com uma meta de redução das suas emissões de gases de efeito de estufa superior a 40% até 2020 em relação aos valores de 1990. Este objectivo deve ser alcançado maioritariamente por reduções internas.
- Os países em desenvolvimento devem ser apoiados no esforço de limitar as suas emissões industriais e reduzir substancialmente as suas emissões em relação à tendência actual.
- As emissões da desflorestação de degradação florestal devem ser reduzidas para zero, até 2020, com apoio financeiro dos países desenvolvidos de pelo menos 35 mil milhões de dólares por ano.
- Os países desenvolvidos devem providenciar pelo menos 195 mil milhões de dólares em financiamento público anual até 2020 e em adição à já existente ajuda pública ao desenvolvimento, para acções nos países em desenvolvimento.
- Os resultados de Copenhaga devem ser juridicamente vinculativos e viáveis: propõe-se um segundo período de cumprimento do Protocolo de Quioto; um acordo complementar que preveja metas exequíveis para os Estados Unidos da América comparáveis às dos demais países desenvolvidos; acções pelos países em desenvolvimento.
A Rede de Acção Climática (CAN, da sigla em inglês), da qual a Quercus faz parte, é uma rede de organizações ambientais e de desenvolvimento que trabalham juntas com o objectivo de limitar as alterações climáticas a níveis sustentáveis. O documento representa a posição global desta Rede. Cada membro tem as suas posições individuais.
Mais informações em www.climatenetwork.org.
Download do documento: Pontos essenciais pra Copenhaga
Lisboa, 24 de Novembro de 2009
A Greenpeace lançou hoje, dia 12 de Novembro, um apelo ao presidente norte-americano, Barack Obama, para travar a desflorestação na Indonésia, através da colocação de uma faixa gigante numa floresta de Sumatra (na imagem). Obama visita, pela primeira vez, a China entre 15 a 18 de Novembro, sendo o dossier ambiental um dos pontos a discutir com o seu homólog chinês, Hu Jintao. Entretanto, continua a contagem decrescente para a Cimeira de Copenhaga, a menos de um mês.
Foto: REUTERS/HO/Greenpeace/John Novis
De acordo com uma sondagem realizada em 20 países desenvolvidos e em desenvolvimento, tornada pública ontem, as políticas ambientais adoptadas pelos Estados Unidos e China de combate ao aquecimento global são reprováveis.
42% e 41% dos inquiridos aponta o dedo à postura ambiental de Pequim e Washington, respectivamente, no que respeita ao dossier ambiental.
Realizada entre Abril e Maio, esta sondagem contou com a participação de 20.349 pessoas de 20 nações, que representam quase dois terços (63%) da população mundial. O instituto Opinião Pública Mundial (World Public Opinion), responsável pelo inquérito, foi criado em 2006 no sentido de dar a conhecer a opinião dos cidadãos mundiais sobre assuntos do contexto internacional.
Divulgada a poucos dias de Barack Obama, presidente norte-americano, visitar a China, na terça e quarta-feira, esta sondagem ganha ainda mais relevância visto que o tema em discussão com o seu homólogo chinês Hu Jintao, será o combate às alterações climáticas.
Cada vez mais perto está também a Cimeira das Nações Unidas sobre alterações climáticas em Dezembro, que juntará em Copenhaga 192 países, na esperança de acordarem um novo acordo internacional para a redução das emissões de gases com efeito de estufa. Nesta contenda, o contributo dos Estados Unidos e da China (que juntos representam mais de 40% das emissões globais de dióxido de carbono) é essencial para se conseguir ultrapassar o impasse das negociações.
PÚBLICO
04.11.2009
Rita Siza, Washington
"Os líderes da União Europeia estiveram ontem em Washington para fundar, com a Administração dos Estados Unidos, um novo Conselho de Cooperação para a Energia, que será um fórum permanente de nível ministerial para fomentar a colaboração dos dois blocos transatlânticos em termos de eficiência e segurança energética. (...)"
Ver a notícia completa em:
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1408239
. Listas de Ligações
. 5 links para a cobertura em directo
. 6 links oficiais sobre a COP15
. Outros 15 'especiais informação' sobre a COP 15
. 10 links de informação alternativa
. Sites Oficiais (em inglês)
. Página Oficial da Organização da Conferência
. Página Oficial das Nações Unidas sobre a Conferência
. Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas
. Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas
. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
. Programa das Nações Unidas para o Ambiente
. Organização Meteorológica Mundial
. Documentos (em português)
. Plano Nacional para as Alterações Climáticas
. Plano Nacional de Licenças de Emissão de CO2 (PNALE) 2008-2012